Universidade Estadual de Maringá - Moodle UEM/Presencial

 Ano letivo: 2019

CURSO PRÁTICO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PEDIATRIA

Coordenação : Prof. Ms. Edson Arpini Miguel

Introdução:

1. Ventilação Mecânica Convencional

Das medidas de suporte ao paciente crítico, a  ventilação mecânica é sem dúvida uma das intervenções mais utilizadas no decorrer dos anos, adaptando modos de ventilação e tipos de ventiladores às várias condições clínicas.

O uso de ventilação mecânica para o tratamento da insuficiência respiratória em neonatologia é relatado desde os anos 50 e seu desenvolvimento cresce no final dos anos 60 e início dos anos 70, quando REYNOLDS et al. (1971)  descrevem o aumento dos níveis sangüíneos de oxigênio em RN ventilados com aparelhos ciclados a tempo e limitados a pressão. 

A partir de então, vários autores abordaram aspectos da fisiologia, da mecânica e dos parâmetros utilizados em cada modo de ventilar, enfocando o paciente recém-nascido. (SPITZER et al.,1989)

 GREGORY et al., preconizam a pressão positiva contínua das vias aéreas (CPAP nasal) ainda em 1971 e embora esta técnica tenha sido inicialmente pouco utilizada, após pequenas alterações e simplificações dos circuitos, a mesma mostrou-se eficaz em pacientes com desconforto respiratório leve a moderado, evitando, muitas vezes, a prótese ventilatória traqueal.  Este modo de ofertar oxigênio é largamente utilizado no tratamento da doença da membrana hialina (DMH), melhorando a apnéia da prematuridade, a síndrome de aspiração meconial (SAM) e a taquipnéia transitória do RN (TTRN) entre outras.(AHUMADA, 1996)

2. Ventilação de Oscilatória de Alta frequência:

Dispomos em nosso hospital um moderno ventilador que reproduz a modalidade de ventilação oscilatória de alta frequência que é uma modalidade ventilatória não convencional onde se utiliza freqüências supra fisiológicas (entre 4 e 15 Hz ou 240 a 900 rpm) com baixos volumes correntes (1 a 2 ml/kg). Vários autores  utilizam esta técnica que apresentava uma forma alternativa de troca gasosa.  Bohn e cols. em 1980, demonstram os primeiros resultados da VOAF em prematuros com Doença da Membrana Hialina (DMH).  

O FDA (The Food and Drugs Administration) definiu como VAF aquelas ventilações que utilizem freqüências superiores a 150 ciclos por minuto. Veremos, a seguir, que nas várias formas de VAF  os valores variam entre 2 e 15 Hz (1Hz=60 incursões por minuto).

3. Oxigenoterapia em pediatria

• Fisiologia e utilização do oxigênio em situações críticas
• Utilização no tratamento de Insuficiência respiratória aguda e crônica
• Forma de uso: materiais e produtos utilizados

Desenvolvimento das atividades:

Reuniões de até 10 profissionais com duração de 50 minutos, onde serão apresentados os principais modos e estratégias de ventilação em pediatria e neonatologia.

Publico alvo: Médicos, enfermeiros e fisioterapeutas do serviço de pediatria, UTI neonatal e UTI pediátrica.

Material utilizado e área física:

Ventiladores mecânicos em uso no HUM, convencional e Sensormedics 3100 ( Ventilador de alta frequência).

Local: Salas de aula anexo à UTI Pediátrica com estrutura para instalação dos aparelhos.

Conteúdos abordados na Oficina:

• CPAP: Continous Positive End Pressure
• Ventilação Mandatória Intermitente / Sincronizada
• Ventilação Oscilatória de Alta Frequencia
• Recrutamento alveolar

Referencias bibliográficas

1. Rotta AT, Gunnarsson B, Steinhorn DM. Comparasion of lung protective ventilation strategies in a small animal model of acute lung injury. Crit Care Med 1998; 26: 1707-15.
2. Taskar V, John J, Evander E, Robertson B, Jonson B. Surfactant dysfunction makes lungs vulnerable to repetitive collapse and reexpansion. Am J Respir Crit Care Med 1997; 155: 313-20.
3. AMATO MBP, BARBAS CSV, MEDEIROS DM et al. Effects of a protective-ventilator strategy on mortality in ARDS. N Engl J Med, v.338, p. 347-354, 1998.
4. DREYFUS D, SALOMON G : Role of tidal volume FRC and end-inspiratory volumes in development of pulmonary edema following mechanic ventilation. Am Rev Respir Dis., v.148, p.1194-1203,1993.

5. MIGUEL, E.A. et al. Ventilação oscilatória de alta freqüência em neonatologia: série de 25 casos. Revista UNINGÁ, Maringá – PR, n.16, p.207-218, abr./jun. 2008.